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Medio ambiente

Marina chama de golpe de morte novas regras de licenciamento ambiental

Regras flexibilizam as licenças para obras de impacto no país
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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional
22/05/2025 - 16:49
Rio de Janeiro
Brasília (DF) 05/05/2025  - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participa do programa Bom Dia, Ministra Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o licenciamento ambiental brasileiro sofreu um "golpe de morte" no Congresso, em referência à aprovação pelo Senado, na noite desta quarta-feira (21), das novas regras que flexibilizam as licenças para obras de impacto no país. A fala aconteceu nesta quinta-feira (22), na cerimônia em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, na sede do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No evento, houve o lançamento de ações para fortalecer a proteção dos biomas brasileiros.

“A gente não pode retroceder nem um centímetro, nas agendas que o Brasil já avançou, inclusive do licenciamento ambiental, que agora sofreu um golpe de morte lá no Congresso Nacional. E que a sociedade brasileira tenha a oportunidade de dar sustentabilidade política para que o licenciamento ambiental seja mantido. Porque essa é uma linguagem que nós políticos entendemos”.

Durante o encontro, foi anunciada a transferência de R$ 11,2 bilhões de recursos do Ministério do Meio Ambiente para o BNDES, Banco Nacional do Desenvolvimento Social. A quantia vai para o Fundo Clima, um dos instrumentos mais importantes na fomentação do desenvolvimento sustentável no Brasil. 

Ao participar da cerimônia, a secretária nacional de biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, defendeu a maior participação da sociedade no debate sobre as questões ambientais.

"Eu acho que nós temos um enorme compromisso com a educação das pessoas, com a disseminação de boa ciência, de resultados íveis para todos. A gente não pode tratar a biodiversidade como um assunto de acadêmicos, num círculo fechado, onde ninguém faz a menor ideia do que estamos falando. A melhor maneira de fazer isso é permitir a nossa sociedade que entre com essa biodiversidade”.

O presidente da FINEP, Financiadora de Estudos e Projetos, Celso Pansera, assinou um contrato de R$ 22 milhões com o Jardim Botânico, que serão destinados ao programa Política com Ciência.