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Salud

Cólera já matou 2 mil pessoas em 26 países e OMS alerta para surto

Deslocamentos em massa e conflitos estão entre as causas do surto
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Gabriel Correa - repórter da Rádio Nacional
23/05/2025 - 13:52
São Luís
Sede da OMS em Genebra
 2/2/2023   REUTERS/Denis Balibouse
© REUTERS/Denis Balibouse/Proibida reprodução

A Organização Mundial da Saúde divulgou um alerta nesta sexta-feira (23) para o surto de cólera que vem aparecendo em diversos países. Até abril, foram 157 mil notificações e mais de 2,1 mil mortes pela doença, em 26 países. Esse é considerado o pior surto em décadas.

Entre os fatores que explicam o aumento dos casos estão: os deslocamentos em massa de migrantes, conflitos, falta de o à água limpa, cheias e consequências da mudança climática, principalmente na África e Ásia.

A maior quantidade de registros da doença bacteriana, que causa infecção no intestino, foi registrada no Sudão do Sul, Afeganistão, República Democrática do Congo e Angola.

Somente no mês ado, Angola notificou 6 mil novos casos com 164 mortes, a maior parte em Luanda, capital do país. Por lá, quase 700 angoleses já morreram, tornando a taxa de óbitos três vezes maior que o indicado para aplicar o tratamento precoce.

Segundo a agência da ONU, os estoques de vacinas estão baixos. Faltam 1,4 milhão de doses, só para cobrir os casos de emergência.

Na semana ada, representantes de Angola na OMS e no UNICEF am um apoio financeiro vindo da União Europeia, no valor de 1 milhão de euros. No início do ano, a Fundação Nacional de Saúde do Brasil, junto com outras instituições do Ceará, iniciaram uma cooperação técnica de prevenção junto às comunidades de Angola. Um dos eixos foi capacitar líderes comunitários, para atuarem como agentes de saúde local, além de implementar sistemas de purificação de água em locais remotos.