logo Radioagência Nacional
Direitos Humanos

Moradores denunciam abandono dos pacientes com hanseníase de ex-colônia no Rio

Baixar
Karol Assunção
03/11/2016 - 19:23
Rio de Janeiro

O asfalto, os vigias e a limpeza na entrada na ex-colônia Tavares Macedo, em Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, contrastam com o que se vê após andar um pouco mais adiante, rumo às casas de moradores que, após anos de isolamento e internação compulsória por causa da hanseníase, agora têm a posse da moradia.

 

O asfalto na entrada da ex-colônia aos poucos é substituído por terra batida. Os matos e os lixos se acumulam em algumas áreas, já não tão próximas à área hospitalar.

 

O vice-coordenador do Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase - Artur Custódio, destaca que os antigos moradores da colônia conseguiram conquistar a posse das casas no local, mas ainda não tiveram o a outros serviços.

 

De acordo com os moradores da comunidade, o fornecimento de água, por exemplo, é irregular. 'Seu' Alvinho Gonçalves – mais conhecido como Jacozinho, de 76 anos, diz que paga um outro morador para ligar a bomba que puxa a água para a casa dele. Seu Jacozinho também reclama da violência na comunidade.

 

Para Custódio, o que ocorre é um “jogo de empurra” entre estado, que istra o hospital, e município onde a comunidade está localizada. Em entrevista à Agência Brasil, o aprefeito de Itaboraí, Helil Cardozo, disse que estava regularizando a questão da coleta de lixo.

 

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informa que “vem realizando cortes profundos nas despesas” com o objetivo de adequar o custeio ao grave momento de crise econômica pela qual a o Governo do Estado. A secretaria ainda destaca que o hospital segue em funcionamento sem desassistência aos pacientes.

 

Nota Pé:  Após o fechamento da reportagem, o setor de imprensa da Polícia Militar do Estado do Rio informou que, de acordo com o comando do 35º Batalhão, uma equipe de policiais e viatura realizam o patrulhamento nas proximidades do Hospital estadual Tavares Macedo.

 

Segundo a nota, o planejamento operacional da unidade está atento às estatísticas do município e o comando do batalhão realiza reuniões mensais com o Conselho Comunitário de Segurança para que moradores, comerciantes e demais interessados possam apresentar e debater as demandas de segurança pública da região.

x