Após mais de quatro meses de greve, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) retornaram ao trabalho nesta segunda-feira.
O INSS calcula que cerca de 830 mil pedidos de concessão de benefícios estejam represados desde setembro do ano ado. Com a paralisação, o tempo médio nacional de espera para o agendamento, ou de 20 dias, antes do início da greve, para os atuais 89 dias.
A secretária Joanete Andrade sente na pele a dificuldade de atendimento. Ela teve aneurisma cerebral e não consegue trabalhar por causa de forte dores de cabeça.
O ajudante de caminhoneiro Damião Rubem da Silva também reclama do atendimento.
De acordo com a Associação Nacional dos Médicos Peritos, todos os profissionais vão retomar suas atividades, mas será mantido o estado de greve.
Segundo a associação, o atendimento será exclusivo para perícias iniciais, caso de quem ainda está buscando o benefício. Não estão descartadas novas paralisações e o atendimento só será normalizado quando houver avanço nas negociações com o governo.
Em nota, o INSS informou que a Central de Atendimento 135 está à disposição para orientar a população. O órgão diz que os benefícios concedidos retroagem a primeira data agendada, mesmo que a perícia tenha sido remarcada durante a paralisação.




