Policiais militares do RN não aceitam proposta do governo e permanecem fora das ruas
Continua o ime entre o governo do Rio Grande do Norte e os policiais militares. Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, a categoria decidiu continuar aquartelada, sem fazer o policiamento nas ruas. O movimento começou no dia 19 de dezembro, por falta de condições de trabalho e atraso no pagamento de salários.
Os PMs recusaram proposta apresentada nesta quinta, feita exclusivamente aos profissionais de segurança pública. Eles receberiam o salário de dezembro de forma parcelada, começando no dia 12 de janeiro. E o décimo terceiro seria pago por meio de empréstimo junto aos bancos. Policiais civis também fazem assembleia nesta tarde para decidir se aceitam a proposta.
Mirando no médio a longo prazo, com a justificativa de reequilibrar as contas públicas, o governo do Rio Grande do Norte ainda anunciou, nesta quinta-feira, a privatização, ou seja, a venda do Centro de Convenções, do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e da Ceasa, a Central de Abastecimento. Um projeto de lei será encaminhado para a Assembleia Legislativa com esse objetivo.
O ime se estende também à Justiça. Os policiais militares são ameaçados de prisão por incentivarem greve ou motim há quase uma semana, quando uma decisão liminar do desembargador Cláudio Santos fez a determinação.
Nesta quinta-feira o promotor Wendell Ribeiro Agra, do Ministério Público do Rio Grande do Norte, entrou com pedido de habeas corpus preventivo e coletivo no Tribunal de Justiça do estado para impedir a prisão dos PMs.
O desembargador Glauber Rêgo, que recebeu o pedido, considerou que o julgamento do habeas corpus cabe ao Superior Tribunal de Justiça e, na decisão, também afirmou que o promotor não tem legitimidade para fazer o pedido. A autora do habeas corpus, segundo o desembargador, deveria ser a 19ª Promotoria de Justiça.





