O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, é alvo de operação da Polícia Federal deflagrada para investigar esquema de pagamento de propina a membros do governo, em troca de benefícios fiscais dados a empresas do ramo agropecuário.
Houve buscas na casa do governador, que é candidato à reeleição e está no interior do estado em campanha. A assessoria de Azambuja informou à nossa reportagem que vai se pronunciar assim que tiver mais informações sobre a ação.
Autoridades do Legislativo e do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, além de empresários pecuaristas, também são alvos da ação, mas não tiveram os nomes revelados pela Polícia Federal.
Segundo a PF, as investigações começaram no início deste ano, com base na colaboração premiada de executivos de uma empresa frigorífica, que, beneficiada pelo esquema, teria deixado de recolher aos cofres públicos mais de R$ 200 milhões.
A Polícia Federal revelou que, do total de créditos tributários recolhidos pela empresa dos colaboradores, um percentual de até 30% era revertido em proveito da organização criminosa investigada. Como prova, a polícia juntou aos autos cópias de notas fiscais falsas utilizadas para dissimulação desses pagamentos e os respectivos comprovantes de transferências bancárias.
A PF apurou ainda que parte da propina foi paga na forma de doação eleitoral oficial durante a campanha para as eleições em 2014.
A ação tramita no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, que autorizou o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, em Campo Grande e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna; e Trairão no estado do Pará.





