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MPF denuncia Wesley Batista por uso de informações privilegiadas

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Eliane Gonçalves
07/05/2019 - 19:44
São Paulo

O empresário Wesley Batista, um dos donos do grupo J&F, foi denunciado mais uma vez na Justiça Federal.

 

Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de ter se beneficiado de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro, crime batizado em inglês como insider trading.

 

A acusação tem como base perícias feitas pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Procuradoria-Geral da República. Essas perícias consideraram atípicas a compra de dólares no mercado futuro por duas empresas istradas por Wesley, a Seara Alimentos e a Eldorado Celulose, às vésperas de se tornar pública a delação premiada de Joesley Batista, irmão de Wesley, que envolvia o pagamento de propinas até para o ex presidente Michel Temer.

 

Essa delação se tornou pública no dia 17 de maio de 2017, abalou a economia e a política e no dia seguinte levou a cotação do dólar  a uma alta de 9%. O que foi a maior elevação da moeda registrada em um único dia em 14 anos. Segundo a denúncia, o empresário sabia do impacto que a delação teria no câmbio e com isso, fechou negócios que garantiram lucros de 70 milhões de reais.

 

Joesley chegou a ser preso pela prática, teve a prisão substituída por medidas cautelares e segue respondendo como réu no processo que corre na justiça federal de São Paulo.

 

Em nota, a defesa de Wesley Batista diz que é incompreensível uma mesma pessoa ser denunciada duas vezes pelo mesmo ato e que o empresário não tinha como saber quando a delação do irmão seria homologada pelo Supremo Tribunal Federal e, portanto, não poderia usar a  informação para fechar negócios. A nota também afirma que  já foi provado que as operações eram típicas e fundamentais para o dia a dia das empresas.

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