Perito contratado pela defesa de Temer aponta cortes em gravações; para ele, áudio não é prova
O perito Ricardo Molina, contratado pela defesa do presidente Michel Temer, afirmou nessa segunda-feira (22), que o áudio da conversa entre o presidente e o dono da JBS, Wesley Batista, não serve como prova.
Durante coletiva de imprensa em Brasília, Molina disse que a gravação foi feita em qualidade ruim e que apresenta uma série de cortes. Além disso o perito criticou a postura do Ministério Público Federal de ter usado o material como prova, sem antes ar pela perícia da Policia Federal.
Nessa segunda-feira (22), o Supremo autorizou a Polícia Federal a realizar uma perícia no áudio entregue pelo empresário Joesley. Com isso, a defesa do presidente desistiu do recurso que pedia na Corte a suspensão do inquérito contra o presidente.
Temer é investigado por corrupção iva, organização criminosa e obstrução da Justiça. Gustavo Guedes, advogado do presidente, explica que pediu a suspensão no STF porque o presidente tem interesse que tudo seja esclarecido o mais rápido possível.
Joesley Batista gravou uma conversa que teve com Michel Temer no Palácio do Jaburu, em março, e entregou cópias do áudio à Procuradoria-Geral da República, que também serviu de base para um acordo de delação premiada.
Segundo o Ministério Público, no encontro com Batista, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, os 2 presos, para que continuassem em silêncio.
Em pronunciamento à nação, Temer disse que a gravação é clandestina, e que foi manipulada e adulterada, com objetivos nitidamente subterrâneos.





