Após a justiça de São Paulo determinar a presença integral de todos os servidores municipais da Saúde nos seus postos de trabalho, nesta quarta-feira (19), sob pena de multa diária de R$ 600 mil, os médicos das Unidades Básicas de Saúde decidiram, em assembleia nessa terça-feira, suspender a paralisação que ocorreria nesta quarta-feira (19). A decisão liminar foi proferida pelo desembargador Guilherme Gonçalves Strenger; e atendeu a um pedido da prefeitura da capital.
Para o Sindicato dos Médicos de São Paulo, a ação judicial da prefeitura foi um cerceamento do direito de greve. Segundo a entidade, os trabalhadores da Saúde decidiram pela suspensão da paralisação somente pela possibilidade de intervenção do Ministério Público junto às negociações e reivindicações dos médicos atuantes nas UBSs da capital. Uma audiência de conciliação está marcada para o próximo dia 27. E na tarde de hoje deve acontecer uma manifestação dos trabalhadores em frente à prefeitura.
Na carta aberta apresentada, a categoria pede a contratação urgente de profissionais da saúde, diante do aumento de pessoas nas filas das UBSs; além do pagamento de horas extras, feitas durante o período da pandemia. Eles também reivindicam a compra de remédios e insumos que estão em falta, como lençóis de maca e luvas.
Em nota, a prefeitura afirmou que 100% do banco de horas acumuladas até 31 de dezembro serão pagos no salário de janeiro; e que as organizações parceiras já receberam autorização para contratação de 700 profissionais de saúde. Além disso, ainda segundo a nota, as Organizações Sociais de Saúde estão autorizadas a comprar remédios e insumos de forma emergencial.
