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Segurança

Abin paralela: PF apura espionagem ilegal e prende cinco pessoas

Organização criminosas também divulgava fake news
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Sayonara Moreno - repórter da Rádio Nacional
11/07/2024 - 18:55
Brasília
PF combate esquema de corrupção em convênios públicos em SP. Foram cumpridos 3 mandatos de busca e apreensão em Sorocaba. Foto: Polícia Federal/Divulgação
© Polícia Federal/divulgação

O episódio conhecido como “Abin paralela” ganha mais um capítulo: cinco pessoas foram alvo de prisão preventiva, nesta quinta-feira (11), pela Polícia Federal, na quarta fase da operação Última Milha, que começou no ano ado.

A investigação mostrou que os envolvidos – como delegados cedidos para a ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, e servidores – espionavam, de forma ilegal, autoridades e jornalistas, por meio do sistema de inteligência First Mile. Após a operação, nesta quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo da apuração sobre a Abin e a atuação do chamado  "gabinete do ódio", no governo ado.

Segundo o relatório, Alexandre de Moraes era um dos espionados, indevidamente pelos investigados. O documento lista, ainda, outros ministros do Supremo, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux. Também parlamentares, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, o deputado federal Kim Kataguiri; e os senadores membros da I da covid: Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. Após ter o ao relatório da PF, o senador Randolfe Rodrigues falou sobre o assunto.

Segundo a PF, a organização criminosa ava, ilegalmente, computadores, telefones e aparelhos de telecomunicações para monitor essas pessoas; e criava perfis falsos nas redes sociais para divulgar informações falsas, as fake news.

Há mais de dois anos, a PF enviou ao Supremo um relatório que apontava a existência de uma milícia digital que atuava por meio do chamado “gabinete do ódio”, contra as instituições democráticas do Brasil.

Os agentes da PF foram às ruas nesta quinta, para cumprir, além dos cinco mandados de prisão, sete de busca e apreensão em cinco cidades. Os alvos podem responder pelos crimes de organização criminosa, interceptação clandestina de comunicações e invasão de aparelhos como computadores e celulares. 

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