Polícia prende mais de 80 estudantes em novo dia de protestos na Venezuela
Ao menos 80 manifestantes foram detidos hoje (14) na Venezuela, após uma marcha de estudantes opositores próxima à sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), agência das Nações Unidas, em Caracas. As detenções foram realizadas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e confirmadas pelo general Manuel Quevedo, responsável pelo comando regional.Iniciada na manhã de hoje, a marcha saiu da Praça Brión de Chacaíto, no leste da capital, e tinha como objetivo entregar um documento ao Ministério Público para pedir a libertação de jovens detidos na semana ada, quando 243 estudantes foram presos.
Segundo a imprensa local e informações publicadas por entidades estudantis venezuelanas no Twitter, o documento pede a libertação dos jovens presos e também o “fim da repressão” por parte da polícia na dispersão dos protestos no país.
De acordo com a Federação de Centro Universitários da Universidade Central da Venezuela, a detenção dos estudantes hoje aconteceu depois de a polícia dispersar a multidão com gás lacrimogênio. Também há informações de que quatro repórteres fotográficos foram espancados por policiais.
Amanhã (15) é esperada a chegada da comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A oposição suspendeu os diálogos após a prisão de estudantes na semana ada e informou que entregará um balanço da ação policial na repressão aos estudantes na semana ada.
Hoje pela manhã, o presidente Nicolás Maduro havia pedido que a oposição não abandonasse os diálogos. Segundo ele, a postura de resistir ao diálogo neste momento, representa uma má influência de grupos radicais da direita no país.
O Ministério Público venezuelana investiga denúncias de violações de direitos humanos na repressão aos protestos e ite que abusos foram cometidos. O governo, no entanto, alega que está reprimindo somente atos de vandalismo que afetam a "institucionalidade" e a ordem pública no país.
*Com informações da Agência Venezuela de Notícias e da Agência Lusa


